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Educação infantil em perspectiva: práxis e políticas públicas de educação
Paulo Gomes Lima
Paulo Gomes Lima
Educação infantil em perspectiva: práxis e políticas públicas de educação
Laplage em Revista, vol. 3, núm. 1, pp. 1-2, 2017
Universidade Federal de São Carlos
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Editorial

Educação infantil em perspectiva: práxis e políticas públicas de educação

Paulo Gomes Lima
Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) - Campus Sorocaba, Brasil
Laplage em Revista, vol. 3, núm. 1, pp. 1-2, 2017
Universidade Federal de São Carlos

Recepção: 10 Janeiro 2017

Aprovação: 10 Março 2017

Como observava Rosemberg (2013)1 a Educação Infantil recentemente passou a fazer parte das discussões e processos formais das políticas de avaliação no Brasil e no mundo, ganhando corporificação os encaminhamentos que dão sustentação e argumentos para o planejamento de suas demandas como questão social a ser tratada com prioridade. Nesse sentido, ao entrar nas pautas de discussão, não somente o quesito acerca de sua avaliação como campo de conhecimento e trabalho docente, mas as ações concretas, desenvolvidas a partir das políticas públicas da educação, sabe-se que, demandas como oferta, formação docente, cuidados pedagógicos, espaços e tempos de aprendizagens, dentre outros são questões que ainda não estão regulamentadas em sua totalidade. Lutas começadas e que solicitam muitas mãos para se fazer garantir o direito da criança na centralidade do atendimento na educação infantil.

Não se pode perder de vista, a centralidade do papel da criança como sujeito sócio-histórico, como traduzem em seus escritos os grandes estudiosos como Piaget, Vygostsky, Wallon, dentre outros; consequentemente, a formalização do cuidado que deve ser garantido no conjunto das políticas públicas deve transversalizar discussões e orientações que, de um lado, garantam aos pais o direito à educação de seus filhos e, de outro, que seja conhecida e delineada uma educação de qualidade que considere a criança em sua totalidade2.

Para além dos objetivos históricos da Educação Infantil (Cuidado, guarda de crianças; socialização de espaços complementares à família; compensação de carências; socialização – tendo em vista os projetos nacionais), na época contemporânea outras e novas demandas precisam ser consideradas principalmente na superação da dicotomia (na escola e políticas) entre o cuidar e o educar. Assim, o cuidar e educar de forma integrada não podem ser objetos de retórica, particularmente no ambiente escolar e também nos âmbitos de planejamento de políticas. As manifestações do mundo da criança, a ampliação de seus conhecimentos (natural e social) devem estar em dialogia com a finalidade do atendimento à faixa etária da criança de 0 a 5 anos de idade (criança – sujeito histórico e de direitos).

As discussões desenvolvidas no presente vol.3, n.1 de 2017 da Laplage em Revista, por meio de textos resultantes de pesquisas de estudiosos do Brasil e do mundo, organizado pelas professoras Dra. Maria Walburga dos Santos e Dra. Lúcia Maria Salgado dos Santos Lombardi, contemplam de forma recorrente as práxis e políticas públicas de educação concernentes à criança da Educação Infantil. Observa-se em cada texto, não somente uma imersão considerável no tratamento da temática, mas a capacidade criadora de cada um dos autores em socializar de forma clara e consistentes as contribuições derivadas de suas pesquisas.

Projeto que, em curto prazo, o conjunto do material exposto no presente volume e número, será difundido substancialmente, subsidiando discussões e, despertando novas pesquisas sobre a centralidade da Educação Infantil e temas derivados como a formação de professores para essa etapa, a construção curricular, as dimensões éticas, políticas e estéticas, dentre outros.

Convidamos a todos os pesquisadores e estudiosos da temática a compartilharem o presente material, desejando profícuo aproveitamento e contribuições ao desenvolvimento da área.

Material suplementar
Artigo relacionado

[Artigo corrigido , vol. 3, 1-2] http://www.laplageemrevista.ufscar.br/index.php/lpg/article/view/250/461

Referências
MALAGUZZI, L. Histórias, ideias e filosofia básica. In: EDWARDS, C.; GANDINI, L.; FORMAN, G. As cem linguagens da criança: a abordagem de Reggio Emília na educação da primeira infância. Trad. Dayse Batista. Porto Alegre: Artmed, 1999.
ROSEMBERG, F. Políticas de educação infantil e avaliação. Cadernos de Pesquisa (Fundação Carlos Chagas). São Paulo, v.43, n.148, abr. 2013.Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-15742013000100004&lng=pt&nrm=iso. Acesso em 02/03/ 2017.
Notas
Notas
1 ROSEMBERG, F. Políticas de educação infantil e avaliação. Cadernos de Pesquisa (Fundação Carlos Chagas). São Paulo, v.43, n.148, abr. 2013.Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-15742013000100004&lng=pt&nrm=iso. Acesso em 02/03/ 2017.
2 A esse respeito cumpre lembrar Malaguzzi (1999, p.77) quando afirma que o ambiente escolar para educação infantil, em sua intencionalidade, não pode se esquivar de interligar o campo cognitivo com os campos de relacionamento e afetividade da criança, pois o modo como nos relacionamos com as mesmas, influenciam a sua aprendizagem. Nesse quesito, entra em cena a formação docente nas instituições universitárias, cujos currículos e percurso formativo para os seus egressos precisam explorar e divisar tais atividades entre as que podem ser caracterizadas como diretivas e não diretivas.
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