Servicios
Descargas
Buscar
Idiomas
P. Completa
Comunicado científico: O controle social das políticas públicas por meio da inteligência coletiva exteriorizada nas manifestações populares contra a corrupção
CAROLINE MULLER BITENCOURT; EVINIS DA SILVEIRA TALON
CAROLINE MULLER BITENCOURT; EVINIS DA SILVEIRA TALON
Comunicado científico: O controle social das políticas públicas por meio da inteligência coletiva exteriorizada nas manifestações populares contra a corrupção
The social control of public policy through collective intelligence demonstrated in popular manifestations against corruption
Revista Eurolatinoamericana de Derecho Administrativo, vol. 2, núm. 2, 2015
Universidad Nacional del Litoral
resúmenes
secciones
referencias
imágenes

Palavras chave: controle social, corrupção, inteligência coletiva, Pierre Lévy, política pública

Keywords: social control, corruption, collective inteligence, Pierre Lévy, public policy

Carátula del artículo

Comunicado científico: O controle social das políticas públicas por meio da inteligência coletiva exteriorizada nas manifestações populares contra a corrupção

Comunicado científico: O controle social das políticas públicas por meio da inteligência coletiva exteriorizada nas manifestações populares contra a corrupção

The social control of public policy through collective intelligence demonstrated in popular manifestations against corruption

CAROLINE MULLER BITENCOURT*
Universidade de Santa Cruz do Sul, Brasil
EVINIS DA SILVEIRA TALON**
Faculdade Dom Alberto, Brasil
Revista Eurolatinoamericana de Derecho Administrativo, vol. 2, núm. 2, 2015
Universidad Nacional del Litoral

Recepção: 29 Maio 2015

Aprovação: 22 Junho 2015

RESUMO

A democracia pressupõe, nas palavras de Beetham e Boyle, o duplo princípio da tomada coletiva de decisões e da igualdade de direitos no exercício desse controle. Nesse sentido, as políticas públicas representam decisões relevantes para o desenvolvimento do Estado Democrático de Direito, as quais, portanto, não estão imunes ao controle social. Para tanto, as manifestações populares elevaram-se a um papel de destaque, mormente porque não contêm uma pauta organizada, mas apenas a demonstração ampla dos anseios sociais ou, na linha do entendimento de Pierre Lévy, a exteriorização da inteligência coletiva, assim entendida como uma inteligência distribuída por toda parte, incessantemente valorizada, coordenada em tempo real, que resulta em uma mobilização efetiva das competências. Assim, o problema a ser analisado é se as manifestações populares contra a corrupção contribuem para o controle social das políticas públicas de forma mais equânime nas diversas camadas da sociedade, partindo-se do conceito de inteligência coletiva proposto por Pierre Lévy. Objetiva-se, portanto, analisar como esse saber socialmente distribuído e valorizado intensifica o controle social da corrupção na efetivação das políticas públicas, utilizando-se, como procedimento metodológico, uma pesquisa bibliográfica através do método hipotético-dedutivo. Como hipótese, ao se entender que as manifestações populares contra a corrupção representam a exteriorização da inteligência coletiva, observa-se que o controle social valoriza o saber distribuído socialmente, não se limitando a poucos, mas sim se distribuindo entre as diversas estruturas da sociedade, possibilitando a significativa contribuição daqueles que mais recebem os impactos positivos e negativos das políticas públicas. Assim, as manifestações populares ocorridas no Brasil em junho de 2013, quando ficou evidente a insatisfação do povo com os gastos públicos com eventos esportivos, especificamente a Copa do Mundo de futebol e as Olimpíadas de 2016, em detrimento do aporte financeiro a políticas públicas deficitárias, além das recentes manifestações ocorridas em 2015, fortalecem a democracia, porquanto consistem em forma de controle social não apenas representativo, mas também contramajoritário. As referidas manifestações iniciam-se a partir de convocações realizadas na internet, especialmente nas redes sociais, somando-se às contribuições, questionamentos e reclamações de cada participante, originadas individualmente, mas consideradas coletivamente e com o mesmo valor. Destarte, por meio da exteriorização da inteligência coletiva nas manifestações populares, o controle social da corrupção pode ser efetivado de forma igualitária e participativa, inserindo-se à margem do controle institucionalizado e formal.

Material suplementar
Notas
Autor notes
* Doutora em Direito. Especialista em Direito Publico. Professora do PPGD ? Mestrado e Doutorado em Direito da Universidade de Santa Cruz do Sul, da disciplina Teoria do Direito. Advogada.
** Professor da graduação em Direito da Faculdade Dom Alberto/RS. Mestrando em Direito pela UNISC/RS. Especialista em Direito Constitucional pela UGF/RJ.
Buscar:
Contexto
Descargar
Todas
Imágenes
Visualizador XML-JATS4R. Desarrollado por Redalyc